Por: Antonio Mata
Suave e bonito, nublado, de vento soprando que se estende ao horizonte, das quatro da tarde. Céu risonho, preguiçoso, mas falante. Das quatro da tarde.
Mas, que fala da praia, da caminhada no areal, que fala do rio, do campo verde, de se pisar descalço, da serra da Canastra que eu nunca vi. Nem nunca estive em Minas. Isso é que dá viver em país muito grande. De litoral que agora é tão longe.
Nisso, foi o tempo que passou querendo mexer com as coisas. Com cara de quem não está satisfeito e quer acabar com o sossego das quatro da tarde.
Ainda assim é bom de pensar nas coisas boas, naquilo que o céu enseja e tão sutilmente faz a guarda. Nada de por na nuvem. Não precisa nem faz falta.
Só que às cinco, o burburinho vai estragar tudo de novo.