Por: Antonio Mata
Percepção direta das coisas e dos seres do mundo. Algo tão antigo e presente aos sentidos que não deveria ser motivo de conflito. Foi só tocar nos grupos humanos que o separatismo se estabeleceu e com ele, uma enorme dificuldade para abandonar.
Não que fosse experiência recente. Primeiro, foram mais de 500 anos de conhecimento da multiplicidade de povos no mundo. As grandes navegações foram importantes.
Deixou por demais evidente que vivíamos em um mundo de seres humanos fisicamente diferentes. O resto consistia meramente em construir a aceitação do outro. Só não foi assim.
Orgulho, soberba, apego a ideias preconcebidas ajudaram a sustentar o distanciamento entre seres do mesmo mundo.
Hoje seres outros, de planos viventes distintos. Mas, também de humanidades distintas, chegam e até se misturam a nós. Todos, igualmente, filhos da Criação.
Alguns, pouco diferentes. Outros totalmente diferentes. Contudo, o convite foi endossado com 500 anos de antecedência, de modo a não comprometer suscetibilidades de ninguém. Ainda assim, a atitude de respeito às limitações de cada um permanece.
“Não se preocupe com a forma. Ela não vai te ajudar”. A fala esclarecia coisas que só posteriormente fariam sentido. “Se você me visse como eu sou, talvez não compreendesse”. Um comentário à guisa de preparação.
As lições prosseguem rumo a maior compreensão do fenômeno da vida. Da multiplicidade de mundos e suas humanidades. Do significado maior de Jesus em suas lições para o despertamento e reconhecimento do outro. A base segue sendo a mesma. O amor ao próximo.