Por: Antonio Mata
Pouca gente se apresentaria ali. Dia meio cinzento, cheio de nuvens, uns poucos pássaros e seria tudo. Não fosse a atração, a calmaria, os pés descalços, a cura tão buscada daqueles embates. Ainda que, às vezes, inconsciente.
Atleta de fim de semana seria motivação mecânica, um modismo. E não seria suficiente. Não tivesse existido, pouco importaria, pois nada teria mudado. Aquele tipo de magnetismo hipnótico prosseguiria como fazia antes.
O valor era outro, a motivação era outra. Foi assim desse jeito que veio à mente. Ela traz coisas, para além do tédio, da solidão, para além do tempo.
Essa condição onde a melancolia recebe atenção da calmaria, se confundem e acabam arrebatando tanta gente mundo afora para o lugar onde precisam estar. É só isso, e é bom.
O mar, a praia, a brisa, as espumas flutuantes e as ondas quebrando, quebrando. Nada está ali por acidente. Pois é lugar de remanso, amparo e refazimento da alma. Bem que ela sabia.