Por: Antonio Mata
Umas duas dezenas de países frequentam eventualmente as telas nas mídias do mundo. Povos distintos com preocupações distintas oferecem, vez por outra, suas dores e seus horrores.
De alguma forma, são pinçados. Parece que já se sabe dos nomes, deixam guardado. Aí é só fazer uma colagem colocando os detalhes do desastre mais recente. Assim, acabam falando da ponta do iceberg. A parte mais fácil de se ver.
Outra centena é acossada com situações as mais diversas. São os indigentes. Não fosse pelos grandes navios passando pelo litoral e grupos de piratas maltrapilhos no seu encalço, ninguém saberia que o Corno da África existe.
Era para aprender na escola. O mapa da África tem um chifre. De lá na Somália, partem grupos de piratas interessados nos navios mercantes que seguem para o ocidente.
No século XVI, portugueses, turcos, árabes e reinos etíopes lutaram pelo controle da região, pois também é a entrada para o mar vermelho e Mediterrâneo. Os turcos venceram.
Aliás, ao tempo do Covid, povos africanos não recebiam vacinas, nem pagando. Já a Oceania é habitada, o problema é que suas ilhas estão afundando muito devagar. Não dá notícia.
Por falar nisso, onde é que fica mesmo o Nepal? Espremido entre a Índia e a China. Uma gente que gosta de ficar nas montanhas e terras altas. Mas isso é o tipo do assunto que não interessa.
Sem um bendito vendaval, florestas em chamas, uma seca de arrasar e semear fome atroz. Tempestades medonhas de gravar o terror nas mentes mais assustadiças. Nada, lá não acontece nada. Pobre Nepal, nunca deixará o anonimato.