
Foto: publicdomainpictures
Por: Antonio Mata
As embarcações já estavam repletas de retirantes. Destinavam grandes grupos aos portos de Belém, Fortaleza e Recife.
— Pois muito bem. De todos os tempos, de todas as cores, de todas as gentes. Vamos para a Baía de Todos os Santos.
O comandante orientava sua tripulação rumo ao porto de Salvador. Era a grande migração de espíritos que se iniciava, buscando terras mais seguras.
Fundear 6 dos 27 navios na baía, desembarcar mais de 24 mil pessoas e em seguida retornar. Ante a expectativa de guerra, a esquadra socorrista previa seguir para a Europa. Lá, espíritos já se concentravam em Amsterdam, a antiga cidade portuária holandesa, na expectativa de deixarem a região em crise.
Nova multidão se formava nas Filipinas onde outra esquadra se movimentava no intuito de deslocá-los. O arquipélago seria abalado no conjunto de mudanças físicas prestes a ocorrer no globo, vindo a submergir, assim como ilhas adjacentes integrantes da Oceania.
No Oriente Médio, os portos de Aqaba, Haifa, Port Said e Dubai, igualmente atendiam nestas regiões sugeitas a submersão. A operação teve início lentamente a partir de 2014, atendendo contingentes maiores a partir de 2019.
As grandes esquadras, em atendimento às lideranças espirituais do orbe, se adiantavam nestes imensos deslocamentos, antes que os mesmos se manifestassem no plano material, como normalmente acontece.
Em espírito, os movimentos migratórios já se iniciaram, deixando antever as ações que, em tempo não muito distante, chegarão ao plano material, exigindo igualmente o seu planejamento, na medida em que vastas extensões do globo se tornarem inabitáveis, por causas as mais diversas, desde guerras até fenômenos naturais extremos.
No Japão espíritos responsáveis pela organização e amparo ao povo japonês reuniram-se com representantes do Brasil, além de outras autoridades. Discutiam estratégias para a transferência da comunidade espiritual do Japão, ante a proximidade de eventos críticos, porém inadiáveis. Planejavam transferir sua população para diversos países do mundo, sendo o Brasil e o porto de Santos já indicados.
O derretimento das geleiras, a movimentação no manto, dilatado e agitado, intensificando a ação vulcânica, acionando todas as suas válvulas. Inundações, secas e ventos intensos. Reequilibrar, recompor, até abrandar tudo mais uma vez. O mundo prossegue em seus processos de Transição, ante aos ajustes necessários. Um mundo prestes a convulsionar.