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terra de espíritos

histórias, crônicas e contos

Paraíso

                                                     

                                                                                                                        Imagem: pxhere.com - Domínio Público

Por: Antonio Mata

O pó de estrelas se expandia pelos limites da imensidão do grande aglomerado, por entre seus braços caprichosamente brilhantes. Todavia, não constituíam apenas pó.

A vida pululava em seus braços. Os possuidores, condutores que eram da centelha Divina, que pulsava em cada ser, ali viviam. Entre eles, não havia perdidos, os esquecidos, nem os abandonados. Eram todos filhos.

Retidos temporariamente, em exílio, em pequena morada. Seriam ali, os construtores de um tipo particular de história. A saga de sua libertação. Uma passagem de suas existências.

Pois a natureza deste mundo, ainda estava intimamente ligada à ideia de morada de passagem. Ainda não era a sua destinação. Porém, receberia, desde o alvorecer daquela gente, os registros amargos e difíceis que hoje povoam a sua superfície e suas camadas mais imediatas, sob a forma de ruínas.

Restos destruídos, sítios abandonados, pegadas incompletas que o tempo e a terra guardaram. São templos, muralhas, castelos, cidades. Os abrigos do homem simples. Silos e fragmentos de sua mentalidade bélica. Registros daquilo que, um dia, os deixou a um passo da própria extinção.

Irascíveis, soberbos, egoístas e oportunistas. Traziam consigo as marcas de todos os seus erros. Deixados ao léu, tornar-se-iam ignorantes, manipuláveis e perigosos. O exílio era necessário, sob estrita vigilância e curador. Entretanto, sem ferir. Submetidos a uma liberdade relativa.

Teriam amplas possibilidades de superar a miséria moral de suas mentes. A covardia, a mentira, o cinismo e a violência. As mesmas que significaram o seu próprio exílio e a perda da liberdade ampla, concedida aos demais.

Orientações claras e objetivas do Cristo planetário, nortearam o desenvolvimento e a construção daquela morada.

“Deem-lhes as mais belas montanhas, os mais belos mares, a grandeza dos campos verdejantes a perder de vista, a beleza das praias e as mais majestosas dentre as florestas, repletas de pássaros, entre outros animais.”

“Por onde estiverem, seja onde viverem, que desabroche em seus corações sentimentos de contemplação, amor e gratidão. Que vislumbrem a vida. Que vejam a Deus nestas formas. Pois este é o meu desejo.”

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