Imagem: Wikimedia Commons-ESA
Por: Antonio Mata
Civilizações perdidas. Assim costumam chamar experiências humanas que simplesmente não deram certo, pelas mais diversas razões. Desde questões climáticas, passando por cataclismos, até conflitos humanos. Guerras, pestes e toda sorte de disputas.
Descontadas umas poucas populações onde, por intervenção Divina, mostrou-se outro caminho, a maioria entrou em colapso. Todavia, por detrás de tantas falências, estava a necessidade imperiosa de evoluir. Aprender mais para viver mais.
Quando o exercício civilizatório se mostra infrutífero demais, ele tende ao colapso. Mais que físicos, estes colapsos foram de ordem moral. Este, sim, o grande criador de ruínas.
Experiências grandiosas foram condenadas ao abandono, ou simplesmente postas abaixo. Talvez, o exemplo mais eloquente, seja o império romano. Com toda sua grandeza, conhecimento e poder, construíram uma sociedade profundamente enraizada na exploração e escravidão do outro. Daí sua necessidade de crescer sem parar. Foi sua grandeza e sua armadilha.
Por ordem do Cristo, foi posto abaixo. São muitas as ruínas. Daquelas contidas nos mares muito pouco se sabe. Não haverá tempo para se conhecer todos os vestígios e ruínas das experiências de civilização. Nem na terra, nem no mar.
Como cadernos velhos de antigas lições, alguns são guardados por algum tempo, depois acabam atirados no lixo.
O tempo passou e o mesmo povo ambicioso e expansionista do período romano, estabeleceu-se sob outro território e roupagem física. Porém, eram os mesmos espíritos. Já não estavam mais desejosos de escravos, contudo, as ideias de dominação e controle dos demais nunca foram abandonadas. Lenta e progressivamente preparam o cenário da próxima queda, a próxima ruína, a nova armadilha.
Todo o século XX não foi suficiente para despertar.
A impossibilidade, a cegueira perniciosa que não lhes permitia enxergar o outro. A soberba que não permitia ver a Deus. Sem compreender que esta aproximação e compartilhamento era a chave para as portas de todo o sucesso. Sucesso autêntico, bem-vindo e duradouro.
Há tempos que formas piramidais, encobertas pela floresta, eram do conhecimento de pilotos que sobrevoavam a Amazônia. Não somente pirâmides, mas ruínas de cidades inteiras estão debaixo das florestas, cobertas de sedimentos ou ambos.
Daí, querer fotografar essas formas e mostrá-las aos demais, foi só mais um passo. O advento da tecnologia digital, com suas redes de computadores e imagens digitais dentro dos lares, transformou qualquer garoto em um explorador.
Eventualmente, em um lugar e outro, ruínas são descobertas e visitadas pelos homens. Constituem apenas mais uma experiência civilizatória que o tempo levou. Na Amazônia brasileira, seu nome era Radamatah. Assim dizem os irmãos espirituais que a conheceram. Na matéria, ela já se foi.
Aqueles que desencarnavam na busca, viam-se diante de portais dimensionais que os ajudariam a se transportar para Radamatah. Neste exato momento, toda a baixeza, avareza e ignorância dos homens da Terra se fazia sentir, atrapalhando tudo e a todos, oferecendo mais armadilhas.
Em suas mentes procuravam as tais riquezas, a cegueira do ouro. Sendo assim, fora da matéria como estavam, acabavam vendo, não a realidade, mas aquilo que queriam ver, pois a mente doentia lhes criava o afã de suas buscas.
Uma cidade de ouro, repleta de lendas, mas que nunca existiu. Quando se davam conta que era só uma miragem, já estavam metidos no umbral. Tão escuro e perturbador quanto suas mentes. Foi o que lhes restou.
A cidade pujante, os belos jardins, o povo jovial, formado pelos remanescentes que souberam compreender o papel evolutivo da vida, estes ficaram vibracionalmente ocultos. Pela simples razão de que não estavam sendo procurados.
O fato de se passar para a quarta dimensão com o fenômeno da morte, não significa que se poderá ver tudo. Mesmo aí, existem níveis de consciência. Quanto mais espiritualmente grosseiro o homem, mais cego e impossibilitado ele se torna.
Os habitantes originais de Radamatah, os ameríndios, nunca estiveram preocupados em se esconder. Mas sempre souberam que, tolamente, os procuravam em meio às matas, para saber das riquezas.
Pobres homens presos na matéria. Dada a enorme falta de corpos, a maioria dos indígenas vive do outro lado. Certamente que existem aqueles que reencarnam entre nós.
Assim, só se torna possível vislumbrar as ruínas. Para que enxergassem a verdade seria preciso mais conhecimento espiritual e mais aceitação do outro, sempre identificados como selvagens, atrasados e ignorantes. Faltou a compreensão de que o que vem da carne é carne, o que vem do espírito é espírito.
Que a vida com o próximo, em respeito e dignidade, conduza ao amor, a chave que abre todas as portas. Entenda-se, os portais dimensionais da vida. Não precisa morrer, desencarnar.
Desde os antigos povos do Labrador e do Alaska, passando pela prairie norte-americana; por Yucatán e pela Amazônia até a Patagônia e a Terra do Fogo. Sem que soubessem que ignorantes eram eles próprios, os exploradores, na sua sede por riquezas materiais, adotavam uma postura inútil para a evolução do espírito e descoberta de novos mundos, para além da matéria.
Conhece-te a ti mesmo. A mensagem no pórtico do templo de Atena, continua tão viva e necessária quanto no passado. Quantos compreenderam?
Cada povo, cada civilização é uma experiência de vida singular. Evoluir é tudo. A fazimento de ruínas continua em franco andamento. Precisa ser assim, pois o planeta interage com a civilização, ou civilizações que o habitam.
Se a civilização, em determinado lapso de tempo, não evoluir, ou seja, não se mostrar capaz de compreender as leis que regem o equilíbrio universal, terá de ser encerrada e a experiência se reinicia em outro lugar mais adequado a seus integrantes.
Agora é a nossa civilização que prepara sua a própria despedida, e deixará seus despojos sob a terra, as florestas e os mares. Não por castigo, mas pelo exercício da Justiça Divina.