Por: Antonio Mata
Aquela gente que descia das naus com seus capacetes de metal, não parecia oferecer grande risco. Magros, sujos, barbudos e escabelados. Eram sabidamente diferentes.
Impossível enxergar suas mentes. Haveria de se travar contato para saber quem eram de fato e o que realmente queriam. Se o cheiro acre daquela gente suja não passaria despercebido, menos ainda perceberiam suas intenções.
Os tempos das matas adormecidas, das revoadas e dos rios lentos. Seriam postos profundamente à prova. Em certas áreas, assistiriam à extinção.
Tanto quanto as terras de hoje, mexidas que foram, já não são mais as mesmas do início. Estas, também não irão compor a herança, a mudança.
A chegada de uma bem-aventurança, que tardou, até que chegou e se fez às portas de algo absolutamente novo. Cobiça, ambição, ganância e destruição, nunca mais.
Ruínas mais uma vez soterradas. Daquilo que tem semente, novo tempo, bem a tempo, se fará por si só. Sem destruidores a Terra seguirá seu caminho natural.