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terra de espíritos

histórias, crônicas e contos

Nas praias como nas estrelas

Por: Antonio Mata

A escavação pacientemente realizada estava em vias de conclusão. Não demoraria muito e o canal seria inundado. Abasteceria pequena cidade.

Por estar em terreno mais elevado, a água trazida pelo canal alimentaria uma cisterna na extremidade da cidadela. O poço já estava pronto e ficava em plano inferior ao canal. Solução simples, porém engenhosa.

O castelo, ah, o castelo, onipresente, vencendo o tempo e persistindo sempre. Com muralhas, portões e torres. Reminiscência, efeito dos contos de fadas, ou estaria ali só por ser mais fácil de se fazer? Por que razão as casas nos desenhos das crianças têm chaminé?

Tem água, tem areia e tem crianças, vai aparecer um castelinho. A visão de crianças fazendo coisas, misturando água e areia não é um elemento da Terra. É presença universal das humanidades semelhantes às nossas.

Estas, separadas por distâncias medidas em anos-luz, não pensam nisso, não fazem diferença, nem têm como. Uma criança não conhece a outra. Um mundo ignora o outro.

Mas, a água sendo líquida, a areia sendo fofa e um par de mãozinhas para juntar e fazer coisas, já é o suficiente. Os exercícios de criatividade logo irão começar.

Nas estrelas existe de tudo e tem espaço para tudo. Energia, luz, gente, bichos e até alguém construindo coisas na areia da praia. A distância, essa é a parte que menos importa.

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