Por: Antonio Mata
O pedaço de cordão que prendia a bandeira foi transformado em uma maçaroca de fios. Um ano, dois anos. Nem que fossem três. Então conversavam alegremente, em um chilreado intenso, como quem decidia como agir.
Perto da janela tomava café, bem cedo e apenas assistiu. O Desenrolar de conversas, acordos e ações. Já combinado, pegavam alguns dos fios que haviam desmanchado.
Dragonas brancas nos ombros mostrava como fazer. Agora era só executar, como quem diz: eu puxo para cá, você puxa para lá. Arrancavam os fios, dois ou três. Então, partiam na direção de uma mangueira a pouca distância dali.
Logo a seguir estavam de volta para fazer tudo de novo. Sempre a mesma dupla. Falando muito, suspendia para um lado, enquanto o outro fazia o mesmo em outro fio, só que em lado oposto. Tornavam a arrancar e levavam seus fios de cordão.
Em penas e plumas coloridas, brancas e vários tons de azul, a graça do amor de Deus passou pela janela. Os sanhaços azuis querem novo ninho. Querem mais ovinhos, querem mais bebês.